O campeão do High Roller – 200K foi um jogador muito experienciado nos eventos live nacionais e internacionais, e mesmo assim rasgou elogios ao PPT 2025. Isso só mostra a força do poker brasileiro, tanto em jogadores renomados como Yuri Martins, Felipe Ketzer, Pedro Padilha, João Simão, André Akkari, como em estrutura nos bastidores e também nas mesas.
Voltaremos a esse assunto mais à frente na entrevista, mas agora sobre o torneio: o último High Roller da série teve 104 entradas e 79 reentradas para um pote de R$ 212.000, e o campeão foi um jogador da cidade de Maringá, Afonso Shiozaki que puxou R$ 50.000 enfrentando um dos torneios mais técnicos e com o field mais casca.
Afonso – que percorre o circuito nacional e até internacional – teve uma conversa muito interessante com o Poker Sul e discorreu sobre suas perspectivas sobre o evento:
“Eu acredito que o evento superou as expectativas, foi um planejamento bastante ambicioso. Concorrer com vários circuitos nacionais, o BSOP Foz vai acontecer daqui a pouco, e você colocar esse evento no meio do calendário realmente é só coisa pra DOIDO mesmo. É impressionante o nível de organização, profissionalismo, a qualidade dos dealers”.
Ele fez uma comparação interessante entre o PPT e o WSOP: “Voltei do WSOP a 2 ou 3 meses e quando a gente cai de um torneio é preciso cruzar às vezes dois ou três salões e a fila demora 30, 40 minutos para fazer a reentrada. Aqui no PPT eles instalaram uma equipe de pessoas rodando o salão para que o jogador pudesse realizar a reentrada sem precisar levantar da mesa e isso proporciona uma dinâmica muito mais eficiente e o jogador pode se concentrar apenas em jogar”.
Sobre sua trajetória no torneio, o campeão relembrou uma dinâmica interessante contra um jogador regular na reta final:
“Já na reta fui transferido para a mesa do CL e eu não tinha 1/7 das fichas dele. Como o momento era próximo da bolha, existe uma tendência dos profissionais a explorar os stacks nessa fase do torneio, só que como ele estava jogando muitas mãos fiz uma leitura do jogador e consegui pegar ele em 4 blefes seguidos. A primeira vez eu limpei um AK acreditando que o CL seria agressivo e a dinâmica da mão x reg CL foi limp/call, flop 22x, joguei de X/R flop, no turn bateu meu A, eu vou de X o vilão beta 2/3 do pote e eu dou call, no river eu jogo de check, o vilão para me pressionar me coloca em allin, eu dou call e ele apresenta J5o, dobrando meu stack. Nesse momento eu percebi que o jogador pegou level e nas 3 mãos seguintes ele me blefou e eu dei call. Na mão derradeira quando ele tinha cartas boas, eu com A6 encontro o vilão com AK, mas bateu meu 6 e segurou, foi então que acreditei que os deuses do poker iriam me dar esse torneio. Nesse momento eu fiquei CL até o final. Na FT lembrei de uma frase do Decano, que diz “o poker é um jogo de pessoas”, então quanto mais camaleão você for e mais você se adaptar na mesa, maior é a sua chance de chegar na reta ou em uma FT.”
Por fim, o campeão parabenizou toda a equipe: “Parabéns ao Doido, ao Eduardo Lobo, à organização e à Full House!”.

PREMIAÇÃO FINAL:
1º – R$ 50.000
2º – R$ 35.000
3º – R$ 22.000
4º – R$ 15.000
5º – R$ 12.000
6º – R$ 10.000
7º – R$ 9.000
8º – R$ 8.000
9º – R$ 7.000
10º e 11º – R$ 6.000
12º e 13º – R$ 5.450
14º a 16º – R$ 5.000




