O BSOP Foz teve com seu último dia (08) também a final do ME. O evento principal contou com a participação de 708 entradas e um buy-in de R$ 4.000, pagando ao campeão R$ 368.500.
Pelo título da matéria você já sabe que o campeão foi Fábio Sanchez, mas o que você ainda não viu é a entrevista que fizemos onde Fábio fala da sua conquista, da sua estratégia e também do seu ano com vários ótimos resultados.
CONFIRA A ENTREVISTA COM O CAMPEÃO
1- Você vem de ótimos resultados nos últimos tempos (HU do ME KSOP Argentina, cravada Gran HR BSOP Gramado e cravada 1-Day HR na mesma etapa do BSOP Foz), você acha que essa confiança que você traz de resultados recentes influencia positivamente no seu jogo?
“Eu tive esse ano bons resultados, começando em Balneário com 3 torneios, 1 de 100K, 1 de 200K, e o de 500K nós rachamos o prêmio e fiquei em 3º, pois o torneio era 1-day mas acabou no outro dia quase 11h. da manhã. Também teve a tampa do ME do BSOP Foz e a mesa final no ME do BSOP Natal. Eu acho que esses resultados me trouxeram confiança.
Esses tempos eu comecei a analisar que sendo mais agressivo e evitando mãos duvidosas eu venho conseguindo bons resultados. Vários torneios eu venho passando CL para o dia 2. No Costão do Sauípe eu passei para o dia 2 com 627K fichas, no Winter Millions também passei entre os primeiros, sempre sendo agressivo. Essa confiança faz eu querer jogar alguns torneios maiores como EPT. Lembrando que na WSOP esse ano eu consegui 6 premiações, contando todos os cassinos. Realmente esse ano foi muito bom!”
2- Você adotou uma estratégia extremamente agressiva na mesa final, obtendo estatísticas de agressão que poucos jogadores conseguem imprimir, isso foi uma coisa pensada por você antes do dia final ou foi só fluindo naturalmente?
“Eu já sou agressivo por natureza, porém não podemos confundir loucura com agressividade. No ME de Foz, se você assistir a FT, eu comecei bem tight, fui observando cada jogador. Depois de uma hora de jogo a atacar os jogadores certos, como em uma mão em um pote grande que eu acreditei que apenas indo all-in naquele pote eu puxaria a mão, e a agressividade deu certo. A questão é saber quem atacar.”
3- Pra você que é de Londrina e ganhou recentemente outro torneio grande em Gramado, ser campeão assim pertinho de casa tem um gostinho especial? Tinha alguém acompanhado ali a reta final que você quer deixar um agradecimento ou um recado especial?
“Fiquei muito feliz, em Foz principalmente, pois tinham muitos amigos de Londrina, Maringá, Cascavel e região torcendo por mim, até porque cravei 2 torneios em Foz, o HR e o ME. Fiquei muito feliz!”
4- Teve alguma mão que foi a mais marcante para o seu título ou você acha que foi pelo conjunto da obra mesmo?
“Teve um 73 no 4 handed onde eu abro 240K do CO e o João Pedro deu call do BTN, o flop vem A83, vou de c-bet 125K e tomo raise para 600K e eu faço uma 3-bet para 1.6KK e o João Pedro deu call e ficou com 3KK em fichas, no turn veio um 8 e vou all-in para pressionar o oponente pois tenho 11KK. Depois de muito pensar, João Pedro folda AT pois os outros 2 jogadores estão short stack e o ICM conta muito nessa hora. Nesse jogo tem que ter paciência porém é necessário ser agressivo mas sem loucura e também sem medo.”
